02/06/2021

POEMA EROTICO



Roze resolveu dar o cu. Simples assim. Ou pelo menos aparentemente. Mulher vivida, de 30 e tantos anos, passou a adolescência e a juventude protegendo o bem que mais considerava precioso no corpo. Namorou, tirou sarro, noivou, casou, namorou de novo, enfim, e jamais liberou o brioco. Por mais que o companheiro da vez insistisse e suplicasse, a moça nunca permitia nem um inocente dedinho na retaguarda.


O problema não era ético. Mas pavor. Roze odiava sentir dor, a menor que fosse. Não tolerava injeções, muito menos beliscões. Ouvir falar em dentista, então, nem pensar. Algumas amigas infelizes também ajudaram a fortificar o medo na última fronteira do sexo. Uma dela disse que se machucou. “Até sangrou, Roze, um horror!”, contou Mariana. Outra disse que não sentiu nada, de tão sem estímulo que ficou diante da experiência.

Apesar da torcida contra, Roze tinha se decidido pela novidade. Contribuiu para a decisão ter visto um filme de sacanagem da deliciosa Regininha Poltergeist. Ficou impressionada em como a loura miudinha era capaz de tantas loucuras com um pau tipo GG. “Se essa cadela consegue, eu também consigo! Vou dar o que nunca dei”, gritou Roze, empolgadíssima com as cenas de Regininha Perigosa.

A única dificuldade da trintona surgia no básico: um homem decente. Roze curtia um período entre-safras. Vivia uma fase de impaciência, a bem da verdade. Acabou com o último namorado porque ele comia (comida) demais. O anterior falava demais. E o antepenúltimo bebia de menos. O jeito era apelar para um repolhinho, mas tinha de ser um dos casados. Segundo ela, os devidamente estabelecidos eram os melhores repolhinhos. Não enchiam o saco no dia seguinte.

Roze lembrou do Paulo Roberto. “Paulão, preciso te ver. Resolvi dar o cu”. E desligou. Paulão tinha seus 20 e tantos anos. Recém-casado. Andaram juntos um tempo, mas ele a tinha pego numa fase meio drogadita e impressionada com os efeitos do ecstasy. Encheu o saco de tanta balada na madrugada e preferiu dar um tempo. Mas os dois sempre se curtiram na cama. Viraram repolhinhos naturalmente, sem que fosse preciso combinar alguma coisa.

Paulão tocou a campainha da quitinete no Sudoeste Econômico às 19h. Chegou empolgado e de pau duríssimo. Estranhou um pouco a demora. Tentou a maçaneta. A porta estava destrancada. E a luz do cubículo, apagada. Percebeu ao fundo uma chama acesa à altura do chão. O brilho estalava perto do que imaginava ser a cama. Fechou a porta. Trancou. Caminhou em direção ao fogo, tateando os móveis enquanto acostumava os olhos à escuridão.

Paulão abandonou peças de roupa ao longo do caminho. E finalmente enxergou o contorno de Roze. Estava nua e de quatro. “Com carinho, por favor. É a minha primeira vez”. O cacete dele nunca ficara tão em riste. Poderia quebrar o gesso do teto. Acomodou-se de joelhos, beijou a nuca e as costas de Roze e, bem devagar, do jeitinho que ela pediu, reconheceu o ambiente. Percebeu-o oleoso e preparado. “Apenas relaxa”, sussurrou ele.

O carinha penetrou Roze com carinho, aprofundando o membro cada vez um pouco mais. Ela soltava gemidos contidos a cada mergulho do caralho insano. Logo logo se soltou, a ponto de pedir mais e mais. Gostou. Gostou muito. Adorou. Paulão soube meses depois que Roze se amarrou tanto na coisa que nunca mais encarou uma transa sem se entregar ao ataque por trás. A Paulão restou o orgulho de ser o primeiro.

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